A primeira pergunta é simples: em uma escala de 1 a 10, o quanto você se importa com a opinião dos outros?
A segunda é mais traiçoeira: em quais categorias dividem-se os “outros” que fazem parte da sua vida?
A opinião de quais deles conta mais, ou conta menos? Entre pai, mãe, namorado, amiga da namorada, chefe, seguidores desconhecidos do Instagram e o primo gato da vizinha, a quem você vive tentando agradar, ou pelo menos não fazer feio?
A primeira resposta pra mim é facílima e me causa muita dor de cabeça. Eu me importo com a opinião de absolutamente todo mundo – dos que me amam aos que me detestam. Eu sofro, e eu sofro com drama.
Claro que a idade vai ensinando aos poucos, eu melhoro em uns aspectos aqui, outros ali. Mas, no geral, eu sozinha sou capaz de fazer uma novela inteira. Imagino a reação das pessoas, reajo em pensamento à reação delas, fico com os olhos cheios d’água e rodeio aquele mesmo assunto na minha cabeça por LONGOS dias.
Reputação social, é essa a bola da vez.
Eu obviamente não estou sozinha. O nosso comportamento virtual é a maior prova de que estamos constantemente procurando a aprovação alheia, e em larga escala.
E não quero focar aqui nesse assunto batido de fotos perfeitas, posts milimetricamente calculados e obsessão por curtidas. A gente sabe que as coisas são assim e assim continuarão. O que me incomoda mais, na verdade, é que não há mais espaço pra pensarmos em nós mesmos. A internet toma tanto do nosso tempo que a única coisa que vemos são os outros. Estamos definidos pela opinião alheia, somos aquilo que a net mostra que somos.
Veja aí como você não está imune, se não passa uma boa porção do dia vendo as fotos e os vídeos postados, lendo o que as pessoas escrevem e – mesmo sem querer – formando a sua opinião a respeito delas. Quando é que você explora o seu próprio perfil online e forma opiniões sobre si mesmo?
Quem sou eu, plmdds??
